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Os Congos de Milagres: a linguagem dos sons

George Arruda de Albuquerque

A presente obra tem o objetivo de explorar a formação das paisagens sonoras no contexto da dança dos Congos durante os festejos de Nossa Senhora dos Milagres, padroeira da cidade de Milagres, no Ceará, que ocorreu no mês de agosto de 2007. O livro é derivado da monografia de graduação apresentada em dezembro de 2007, no curso de Ciências Sociais, da Universidade Estadual do Ceará (UECE). A produção sonora é vista aqui indissociável ao seu contexto cultural, as pessoas que a produzem, como elas produzem esses sons e os seus significados marcados pela ação de múltiplos agentes. Para tal diálogo foi imprescindível o estudo da Antropologia do Som (PINTO, 2001) e o conceito de paisagem sonora desenvolvido por Murray Schafer, musicólogo canadense. As paisagens sonoras são compostas por objetos sonoros. Cada som produzido é um objeto sonoro, o conjunto desses objetos sonoros formam uma paisagem sonora (SCHAFER, 1991). Então, uma pisada, o bater de espadas, os fogos de artifícios chamados de “flechas” pelos Congos, são elementos que fazem parte dessa paisagem e têm sempre uma função. Nos Congos nada é em vão, música não é tocada por ser tocada, existe um significado por trás de cada som que é produzido, e esse é um dos aspectos que foram percebidos no trabalho de campo, de acordo com as narrativas dos brincadores.    

Nº de pág.: 105

ISBN: 978-65-5917-175-0

DOI: 10.22350/9786559171750

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