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E se a cidade fosse nossa: a educação popular contribui na emancipação das juventudes na cidade?

Samuel Crissandro Tavares Ferreira

A educação popular não é um método estanque, engessado e por si só finalizado. A educaçao popular é uma perspectiva político-pedagógica latinoamericana construída pelo povo e com povo, com a incumbência de superar as contradições, desigualdades e injustiças, das mais diversas, das quais foram historicamente instauradas e legitimadas desde o perídodo de colonização, com o neocolonialismo, os golpes e as ditaduras militares e o atual processo neoliberal que tenta perpetuar a educação sob as vontades do capital. Nesta pesquisa, construída com os sujeitos (jovens educandas e educandos) do Paidéia, projeto de educação popular conectado ao PAIETS-FURG, almejei compreender as contribuições do mesmo para além do “auxílio para entrada na universidade” colocado pelo viés da emancipação social, e mesmo entendendo que a luta pelo direito a universidade é importante para os sujeitos das camadas populares, compreendo que se faz ontologicamente imprescindível para uma perspectiva de educação popular, construir propostas de resistência, de luta, de insurgências e de emancipação com os sujeitos, assim como se faz necessário que as propostas já construidas pelos mesmos sujeitos tenham espaço e protagonismo nesse constructo. Para aprofundar a reflexão e a investigação da realidade, me amparei no que foi proposto por Karl Marx como emancipação humana, e com isso, especificamente me detive em compreender as contribuições emancipatórias da educação popular para as juventudes (jovens educandas e educandos do Paidéia) na cidade (Rio Grande). A mesma pesquisa se amparou teoricamente em Karl Marx e em outras pensadoras e pensadores marxistas como Daniel Bensaid, István Mészáros e Erich Fromm, porém , foi extremamente importante o diálogo suleador com Paulo Freire, Enrique Dussel, Aníbal Quijano, Danilo Streck, Cheron Moretti e Conceição Paludo. No que tange a pesquisa sobre Cidade, Henri Lefebvre, Milton Santos e David Harvey foram preponderantes, assim como na perspectiva sobre juventude(s),  Paulo César  R. Carrano, Juarez Dayrell, Vania Chaigar e José Machado Pais possibilitaram uma maior potencialização da temática.  

Nº de pág.: 322

ISBN: 978-65-5917-229-0

DOI: 10.22350/9786559172292

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